Local: Estação Ciência – Praia do Cabo Branco, João Pessoa/PB
O Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR) e a Sociedade de Radiologia da Paraíba (SRPB) promoverão a XXVII Jornada Norte-Nordeste de Radiologia e o Curso de Atualização do CBR de 20 a 22 de abril de 2017, em João Pessoa (PB). A realização dos eventos em conjunto permitirá agregar ainda mais conteúdo e professores às atividades.
“Estamos organizando um evento com programação científica de alto padrão nas diversas áreas do Diagnóstico por Imagem. Esperamos que todos possam aproveitar ao máximo, tanto a parte científica como a beleza do litoral paraibano, um dos mais lindos do país”, convida o Dr. Carlos Fernando de Mello Junior, presidente da SRPB.
Os palestrantes já confirmados são os doutores Ayrton Pastore (SP), Cláudio Sérgio Medeiros Paiva (PB), Conrado Cavalcanti (SP), Domingos Correia da Rocha (AL), Fátima Aragão (PE), Francisco Abaeté (CE), Francisco Negromonte (RN), Giuseppe D’Ippolito (SP), Hélio Guimarães (PB), Heverton Amorim (PB), Joana Marisa de Barros (PB), Lautônio Junior Loureiro (PB), Luciano Chala (SP), Manoel de Souza Rocha (SP), Marcelo Canuto (DF), Nadja Rolim (PE), Nelson Fortes (SP) e Paulo Andrade (PE).
Haverá cursos pré-jornada nas áreas de Mamografia e Assistência à Vida em Radiologia (AVR), além de um curso de Diagnóstico por Imagem para estudantes de Medicina.
Trabalhos científicos
A Jornada também terá espaço para apresentação de trabalhos científicos, com premiação para os três primeiros lugares. Os resumos devem ser enviados para o e-mail jonneradiologia@gmail.com até 5 de fevereiro. A publicação dos aprovados ocorrerá em 20 de fevereiro. O regulamento está disponível no site do evento.
Inscrições
As inscrições antecipadas têm desconto (veja quadro). Os valores devem ser pagos por depósito bancário em nome da Sociedade de Radiologia da Paraíba (SRPB): Banco do Brasil, agência 1234-3, conta corrente 12685-3, CNPJ 09.597.642/0001-94. O comprovante deve ser enviado com nome completo e CPF do inscrito para: inscricaojonner2017@gmail.com.
Fonte: Instituto de Radiologia Intervencionista do Paraná
O início eram as sangrias… Na Antiguidade, há milhares de anos, os médicos utilizavam sanguessugas para tratar de seus pacientes. O tempo passou: novas técnicas, equipamentos e tecnologias foram surgindo, facilitando o trabalho desses profissionais e garantindo uma vida mais longa para todos nós.
Mesmo com tudo o que já descobrimos a ciência não pára de trabalhar para ampliar ainda mais os horizontes da Medicina. E, dentre essas maravilhosas inovações, uma das mais impressionantes e com maior variedade de aplicações possíveis é a radiologia intervencionista, especialidade médica que, através de tubos finíssimos e de aparelhos de imagens, consegue atuar no interior de nosso corpo de forma nunca antes imaginada.
Essa especialidade diferencia-se por ser minimamente invasiva – em outras palavras, utiliza-se de cortes muito pequenos para inserir, nas veias e artérias, minúsculos catéteres, stents, molas ou agulhas para realizar procedimentos e fazer diagnósticos em diversas partes do corpo. Muitas vezes, como alternativa às cirurgias complexas, que exigem grandes cortes e anestesia mais profunda, profissional radiologista intervencionista, atua de forma menos invasiva. Os procedimentos são realizados com auxílio de um método de imagem, que pode ser o ultra-som, a tomografia computadorizada, a angiografia por subtração digital e a radioscopia, equipamento de alta resolução de imagem capaz de subtrair as imagens de osso vísceras, propiciando imagem apenas dos vasos sanguíneos e, em alguns equipamentos, a reconstrução em três dimensões e até imagens do interior do vaso.
ÚTERO
A embolização de mioma uterino é um dos procedimentos mais comuns da radiologia intervencionista. Mioma é um tipo de tumor benigno que surge na parede do útero, bastante recorrente em mulheres na faixa de 30 a 40 anos.
A embolização é a injeção de minúsculas partículas que bloqueiam o fluxo sanguíneo que alimenta o mioma, fazendo-o regredir e solucionando o problema com um grau de sucesso entre 85% a 95% dos casos. Este tratamento pode ser uma alternativa efetiva à cirurgia tradicional, na qual é retirado o mioma (miomectomia) ou todo o útero (histerectomia). Na embolização, a anestesia é local e o tempo de recuperação é menor. O retorno às atividades profissionais e pessoais é rápido.
ARTÉRIAS E VEIAS VASOS
A radiologia intervencionista conhecida como vascular envolve todos os procedimentos que utilizam artérias e veias como via de acesso para que o catéter chegue ao órgão doente. Porém, em se tratando das próprias veias e artérias, a técnica também tem muito a oferecer, principalmente no tratamento de embolia de pulmão e varicocele. Também são realizados, por meio dessa especialidade, procedimentos para reabrir ou ampliar vasos sangüíneos obstruídos, como no caso de arteriosclerose (endurecimento das artérias) e aneurisma de aorta abdominal e torácico, além da dilatação das artérias carótidas e vertebrais que levam o sangue ao cérebro. O fechamento da passagem de sangue pode levar à perda de membros, derrame cerebral ou comprometimento de órgãos vitais por ocorrência de infartos, derrames e aneurismas. A técnica também possibilita a abertura de um acesso venoso central, recomendado para pacientes que fazem tratamento de hemodiálise ou quimioterapia. Um tubo é inserido pela pele, obtendo-se um acesso simples e indolor para medicações ou coleta sanguínea, livrando o paciente da irritação e desconforto de repetitivas picadas.
CÂNCER
Para pacientes com câncer, a radiologia intervencionista é uma aliada cada vez mais importante tanto na biópsia quanto no tratamento mais rápido, seguro e indolor. Segundo o oncologista Dr. Valdir Furtado, a técnica pode ser utilizada quando o câncer não tem indicação cirúrgica, e principalmente nos casos de câncer de pulmão, mama, ovários, testículos, linfomas e leucemias.
Para alguns tipos de tumores, a quimioembolização é a técnica de tratamento indicada. Pelo catéter, é injetada uma combinação de medicações quimioterápicas para eliminar as células cancerígenas, seguida de pequenas partículas para bloquear as artérias que alimentam o tumor. Este procedimento não significa a cura, mas estudos mostram que em 70% dos casos reduz as lesões, as dores, melhora a qualidade de vida e pode aumentar a sobrevida. A quimioembolização permite evitar ou atenuar os efeitos colaterais das drogas, como quedas de cabelo, náuseas e vômitos. Outra alternativa para o tratamento dos tumores de fígado é a radioablação, realizada através da inserção de uma agulha pela parede do fígado. Esta é ligada a uma fonte geradora de radiofrequência que faz com que o tumor seja integralmente destruido através de uma energia semelhante ao forno de microondas.
CÉREBRO
Em relação à neurologia, a radiologia intervencionista volta-se para o diagnóstico e tratamento de doenças do cérebro, cabeça e pescoço, por meio de um catéter que viaja dentro do corpo através dos vasos sanguíneos. No tratamento de aneurisma cerebral, o catéter chega até o local e serve de condutor para fios muito finos de metal (as micro-molas de platina) que ocupam toda a área e isolam o aneurisma, impedindo a entrada do sangue e o rompimento da lesão, solucionando o problema sem a necessidade de cirurgia. A técnica é chamada de embolização de aneurisma cerebral.
FÍGADO
Um tipo de tumor de fígado, chamado carcinoma hepatocelular, comumente associado à cirrose e ao vírus da hepatite C, tem entre as indicações específicas de tratamento a ablação por radiofreqüência. O método consiste na introdução de uma agulha que chega ao tumor e conduz uma onda de radiofreqüência, “queimando” e destruindo células afetadas pelo câncer. Todo o procedimento é guiado por imagens geradas através de aparelhos de utra-som, tomografia computadorizada. O shunt intra-hepático porto-sistêmico, conhecido no meio médico através da sigla em inglês “tips” e realizável por poucos profissionais radiologistas intervencionistas em nosso país, também é muito comum e cria uma comunicação entre duas veias dentro do fígado, fazendo com que o estado de hipertensão dentro do sistema venoso da veia porta(veia que leva sangue ao fígado), comum em pacientes com cirrose hepática, seja descomprimido. Coloca-se um stent (tubo metálico) para garantir uma maior durabilidade deste procedimento. Outro procedimento intervencionista a drenagem biliar, em que um cateter é colocado através da pele do interior do fígado para drenar a bile. A necessidade deste procedimento é em geral devido a uma obstrução dos dutos biliares, responsáveis pelo carregamento da bile do fígado ao intestino e que, quando ocorre, leva o paciente a um quadro de indisposição e coceira (prurido) intenso, com perda significativa da qualidade de vida.
COLUNA
Na área ortopédica, a radiologia intervencionista trata principalmente dores na coluna vertebral, um dos males que mais atinge homens e mulheres em todo o mundo. Um exemplo no qual este método se aplica com alta taxa de sucesso (em torno de 80% a 90% dos casos) é no tratamento de vértebras fraturadas ou fraturas associadas a doenças como a osteoporose. Para estes pacientes, a indicação mais adequada é a vertebroplastia percutânea, um procedimento que utiliza cimento ortopédico injetado diretamente na vértebra que apresenta a lesão, criando um bloco sólido que dá sustentação e elimina dores, mesmo em pacientes muito idosos e com quadro avançado de osteoporose. A volta às atividades normais, após a intervenção, pode ser feita em dois ou três dias, acelerando não só a recuperação física como também melhorando a disposição psicológica dos pacientes, que retomam a independência e a funcionalidade dos movimentos.
Esses são apenas alguns exemplos de todos os benefícios que a radiologia intervencionista tem a oferecer. Sem dúvida, essa especialidade torna-se, a cada dia, mais relevante na medicina, envolvendo mais de cinqüenta tipos diferentes de procedimentos por todo o corpo, com as mais diversas finalidades. A melhoria constante nos equipamentos angiográficos e nos materiais possibilita, cada vez mais, o tratamento de doenças de forma menos agressiva para o paciente. “A radiologia intervencionista não é mais um diferencial nos hospitais, mas sim uma necessidade. A interdependência das várias especialidades médicas com a radiologia intervencionista chega ao ponto de tornar um fator de risco adicional a não-existência deste serviço”, considera o Dr. Corvello. Um futuro brilhante nos espera.
A mamografia é um exame extremamente importante para se averiguar a presença ou ausência de um tumor nas mamas, auxiliando, assim, no diagnóstico precoce do câncer de mama. A eficácia do exame é alta, garantindo um nível de acerto de até 90% se realizado e analisado por um profissional capacitado.
A mamografia é feita em um aparelho conhecido como mamógrafo, que utiliza raios X para formar uma imagem. Para a detecção das imagens a mama é comprimida, o que normalmente gera desconforto nas pacientes. Em razão disso é importante que a paciente evite a realização dos exames no período próximo à menstruação, pois as mamas podem estar mais sensíveis a dor.
A mamografia, segundo o Ministério da Saúde, é recomendada em mulheres com ausência de sintomas após os 50 anos de idade, de dois em dois anos, e anualmente a partir dos 35 para mulheres que estão inseridas no grupo de risco. É muito comum, no entanto, que alguns médicos recomendem a mamografia de rotina para mulheres acima dos 40 e anualmente, como uma forma de obter diagnósticos precoces. Entretanto, alguns profissionais sugerem que a realização do exame em pessoas com idade inferior aos 50 anos pode gerar, com mais frequência, resultados falso-positivos em razão da densidade das mamas.
Mulheres que apresentam alterações na mama também devem realizar a mamografia. Nesse caso, o médico irá avaliar a paciente e recomendar ou não a realização de exame, não importando mais a sua idade.
Além dessas indicações, a mamografia também deve ser realizada por mulheres que pretendem iniciar a terapia de reposição hormonal, que realizarão cirurgia plástica e após a retirada da mama (mastectomia) e cirurgia conservadora. Nos últimos dois casos, a mamografia deve ser feita anualmente e é usada como uma forma de acompanhar se os procedimentos ocorreram com sucesso.
É importante frisar que apesar da mamografia não ser realizada anualmente na grande maioria das mulheres, exames clínicos devem ser feitos todos os anos. Além disso, é importante que a mulher conheça bem seu corpo e observe constantemente se houve alguma mudança na estrutura da mama. Caso seja notada alguma alteração, é fundamental que o médico seja consultado.
Curiosidades:
– No Brasil, todas as mulheres têm o direito de realizar a mamografia a partir dos 40 anos de idade de forma gratuita pelo SUS. Esse direito é garantido pela Lei 11664/08.
– Homens também podem realizar a mamografia. Esse procedimento é considerado nos casos de suspeita de câncer de mama e para confirmar o diagnóstico de ginecomastia.
A Radiologia é uma área muito empregada dentro da Medicina Veterinária de hospitais e clínicas. Em definição a radiologia veterinária é a aplicação das radiações ionizantes e não ionizantes para práticas de diagnóstico e terapia de patologias em animais. Muitos pensam que a radiologia veterinária é apenas a radiografia de animais. A radiologia veterinária é muito mais ampla. Outro fator que alguns acreditam é que apenas cães e gatos realizam exames de radiologia veterinária. Bem, vamos entender melhor a área.
Você sabia que até animais de grande porte fazem exames de radiologia veterinária? Já imaginou um leão fazendo um exame de Ressonância Magnética?! Isso mesmo, tanto animais de pequeno porte como cães, gatos, pássaros e até peixes, quanto animais de grande porte como tigres, leões e até cavalos fazem exames.
Diagnóstico na Radiologia Veterinária
Os exames de diagnóstico por imagem são realizados com equipamentos de Raios-X, Tomografia Computadorizada, Ressonância Magnética, Ultrassonografia e também com equipamentos de Medicina Nuclear. Os métodos são escolhidos de acordo com a suspeita a ser diagnosticada e facilidade de realização do exame.
Os equipamentos de Raios-X utilizados podem ser fixos, móveis e portáteis, como você pode ver na imagem abaixo:
Este é um exame de um cão em um aparelho fixo de Raios-x. Assim como em humanos, para os exames de radiografia existem posicionamentos e incidências, mas com nomenclaturas diferentes.
Medicina Nuclear na Radiologia Veterinária
A medicina nuclear veterinária fornece aos médicos um diagnóstico e um tratamento para os animais. Para o diagnóstico, as imagens da medicina nuclear permitem uma visualização da anatomia e da fisiologia dos animais, assim como é a medicina nuclear em humanos.
O radioisótopo mais utilizado para o diagnóstico veterinário nuclear é Tecnécio 99m, que tem uma meia vida de 6 horas e é eliminado do organismo em 24 horas.
São vários os exames de medicina nuclear em animais, entre eles estão:
Cintilografia Óssea
Cintilografia Renal
Cintilografia de Perfusão Cardíaca
Cintilografia Pulmonar
Um dos tratamentos da medicina nuclear veterinária é contra o hipertireoidismo, que acontece na maioria dos gatos. Muitos especialistas fazem tratamentos com iodoterapia, utilizando o Iodo 131.
Radioterapia na Radiologia Veterinária
A radioterapia é uma modalidade bastante eficaz para o tratamento em seres humanos e também nos animais. Antes do início de um tratamento radioterápico, os animais são avaliados quanto ao seu estado físico e é realizado um planejamento radioterápico, onde são utilizados exames de diagnóstico por imagem, como raios-x, tomografia e ressonância magnética, para se saber o tamanho e localização do tumor (assim como nos humanos).
A radioterapia é uma área muito importante dentro da medicina veterinária. Isto porque o câncer é a causa mais comum de morte de animais pequenos com mais de 10 anos. Sendo diagnosticado no inicio da doença, o tratamento radioterápico consegue erradicar o tumor e fazer com que o animal tenha uma melhor qualidade de vida.
Como Manter os Animais Quietos Durante os Procedimentos?
A principal diferença da aplicação da radiologia veterinária para a radiologia em humanos, além da anatomia, é a capacidade de controlar os pacientes (animais). Existem várias técnicas e acessórios para conter os animais durante os exames e tratamentos. Você já realizou uma radiografia de seios da face em uma criança de quatro anos que não para de chorar?! É difícil! Agora, imagine fazer uma radiografia de crânio em um pitbull agressivo! Com certeza a mordida da criança vai doer menos. Para esta e outras situações, os procedimentos precisam métodos de contenção.
Os métodos de contenção é um conjunto de meios para manter os animais na posição adequada na hora dos procedimentos, para evitar repetição de exame por exemplo. Outro objetivo da contenção é proteger o profissional nos procedimentos. Existem dois tipos de contenção: física e química.
Na contenção física, são utilizadas a força física do profissional para segurar os animais e acessórios de contenção, como: focinheiras, laços, ganchos, colares, argolas de fixação, entre outros acessórios.
Na contenção química, substâncias químicas são administradas nos animais por via oral, venosa, intra muscular, entre outras. Estas substâncias são sedativos para conter os animais durante os procedimentos, principalmente na radioterapia.
Aumentou o número de empresas conveniadas e/ou parceiras do CENIB que incluem benefícios em forma de descontos em todos os cursos para os seus funcionários, dependentes e cônjuges, e também para seus trabalhadores terceirizados. Com as devidas comprovações legais e atualizadas os funcionários e/ou servidores terão até 20% de desconto (para o curso Técnico em Radiologia), e até 15% para os demais cursos até as datas dos vencimentos promocionais. Veja as instituições abaixo: