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Aspectos físicos e técnicos da Radiologia Intervencionista (Parte 2)

Fonte: CANEVARO, L. V.. Aspectos Físicos e Técnicos da Radiologia Intervencionista. Revista Brasileira de Física Médica (Impresso), v. 3, p. 101, 2009.

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Aspectos importantes para a proteção radiológica em cardiologia intervencionista: necessidade de treinamento

O documento mais recente da ICRP que trata sobre os riscos envolvidos na Radiologia Intervencionista, devido à sua crescente importância em termos da dose coletiva mundial, é a Publicação 852. As doses ocupacionais em procedimentos intervencionistas guiados por fluoroscopia são as mais altas da Radiologia. O documento apresenta diversas patologias da pele e do olho (catarata) diagnos­ticadas em médicos intervencionistas, assim como reco­mendações para evitá-las e otimizar os procedimentos. O uso de equipamentos de proteção é indispensável. O uso de aventais de chumbo pode reduzir a 5% a dose dos profissionais na sala do exame, e devem ser usados por toda a equipe. Blindagens especiais devem ser colocadas entre o paciente e o médico. Para evitar o surgimento de catarata, os médicos devem usar óculos plumbíferos.

Além dos sistemas de proteção, é recomendável o uso de um sistema robusto e adequado de monitoração individu­al do pessoal de Cardiologia Intervencionista. Apenas um do­símetro, colocado por dentro ou fora do avental, nem sem­pre é suficiente para estimar adequadamente a dose efetiva ocupacional, devido à grande heterogeneidade do campo de radiação. Pode ser usado um dosímetro adicional na altura do pescoço, por fora do avental, para estimar a dose na ca­beça (olhos). O NCRP31 recomenda uma combinação linear da leitura destes dois dosímetros para uma melhor estimativa da dose efetiva. No Brasil, a Portaria 45328 determina que o monitor individual deve ser usado por fora do avental, na parte mais exposta do tórax, estimando a dose nas partes não blindadas do corpo. Para fins de comparação com os limites de dose efetiva, seu valor nominal deve ser dividido por 10. Além disto, é recomendado que, caso as mãos rece­bam doses mais do que 10 vezes superiores ao valor medido por este dosímetro, sejam usados dosímetros adicionais de extremidades (anel ou pulseira).

Para garantir as menores doses ocupacionais possí­veis em Cardiologia Intervencionista, é preciso otimizar a dose no paciente: menores doses nos pacientes geram menor quantidade de radiação espalhada. Para isto, é fun­damental que todo o pessoal envolvido nos procedimen­tos tenha grande conhecimento e treinamento, não só na parte médica e técnica dos procedimentos e equipamen­tos, mas também sobre os conceitos de radioproteção. O estabelecimento de sistemas de controle de qualidade e níveis de referência também ajuda muito na manutenção de níveis adequados de proteção aos pacientes e profis­sionais, favorecendo a comparação entre diferentes servi­ços de saúde que executam os mesmos procedimentos. Analisando as causas de valores de doses muito diferen­tes entre si, ou muito maiores do que o nível de referência estabelecido, pode-se determinar qual a melhor maneira de otimizar o processo, tanto em sua fase de planejamen­to quanto de execução.

Os profissionais de Cardiologia Intervencionista preci­sam de sistemas de controle da qualidade que garantam a credibilidade do sistema de segurança e um sistema re­gulador adequado. A legislação de proteção radiológica deve contemplar os profissionais expostos, os pacientes, os equipamentos, as instalações e a capacitação. No Brasil, a Portaria 453/98/MS não diferencia aspectos re­lacionados à prática intervencionista. Internacionalmente, existem diversas recomendações para a proteção radioló­gica de pacientes e trabalhadores de RI.


Aspectos físicos e técnicos da Radiologia Intervencionista (Parte 1)

Fonte: CANEVARO, L. V.. Aspectos Físicos e Técnicos da Radiologia Intervencionista. Revista Brasileira de Física Médica (Impresso), v. 3, p. 101, 2009.

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Desde a década de 1960, os procedimentos interven­cionistas com raios X na medicina têm aumentado sig­nificativamente e continuam a crescer à medida que téc­nicas minimamente invasivas, assim como equipamentos com tecnologia cada dia mais sofisticada, vêm sendo desenvolvidos.

Define-se Radiologia Intervencionista (RI) como aque­les “procedimentos que compreendem intervenções diag­nósticas e terapêuticas guiadas por acesso percutâneo ou outros, normalmente realizadas sob anestesia local e/ou sedação, usando a imagem fluoroscópica para localizar a lesão ou local de tratamento, monitorar o procedimento, e controlar e documentar a terapia”. Meios de contraste são utilizados para a visibilização de órgãos ou tecidos ra­diotransparentes na tela de um monitor.

Algumas das vantagens da RI são a possibilidade de realização de procedimentos complexos com cortes cirúr­gicos de pequena extensão, a diminuição da probabilida­de de infecções, o rápido restabelecimento do paciente, a redução do tempo de internação e a diminuição dos custos hospitalares, tratando-se de uma técnica minima­mente invasiva, segura e altamente eficaz.

Entretanto, a RI é uma das especialidades que pro­porciona as maiores doses a pacientes e profissionais. Em algumas situações, é possível produzir, nos indivíduos, lesões radioinduzidas às vezes severas. Isto porque os tempos de exposição são longos, as taxas de dose são altas, há grandes quantidades de imagens adquiridas, além de inadequada colimação e uso de filtros, entre ou­tras razões.

Devido às suas vantagens, a frequência dos procedi­mentos de RI tem aumentado rapidamente nos últimos anos. Nos países em que o sistema de saúde é de­senvolvido, a média anual de procedimentos em RI, en­tre os anos de 1991 e 1996, foi de 12,73 procedimentos para cada 1.000 habitantes. Nos países como o Brasil, que não estão inseridos no grupo anterior, a média anual foi de 1,7311. Segundo dados do DATA SUS12, entre 1995 e 2001 houve um aumento de 77,6% na frequência de procedimentos em RI no Brasil, sendo que em 2007 foram realizados 49.729 procedimentos.

Essas técnicas foram originalmente desenvolvidas por radiologistas, no início da evolução das técnicas guiadas fluoroscopicamente; logo em seguida os cardiologistas entraram nesse campo e mundialmente ainda represen­tam a especialidade com maior número de procedimentos. No entanto, a RI foi ‘descoberta’ por muitas outras es­pecialidades de não-radiologistas (urologistas, gastro­enterologistas, cirurgiões ortopédicos, cirurgiões vas­culares, traumatologistas, anestesistas, pediatras), que, cada vez mais utilizando estas técnicas, vão se tornando ‘intervencionistas’.

Com o aumento das técnicas e da complexidade dos procedimentos em radiodiagnóstico e com o aparecimento de lesões radioinduzidas, e devido ao fato que a maioria destes profissionais teve pouca ou nenhuma formação em proteção radiológica, existe uma necessidade urgente de informá-los sobre os riscos da radiação e como minimizá-los na sua prática quotidiana. Para poder realizar essa tarefa com eficiência, os físicos médicos devem ter co­nhecimentos sólidos sobre aspectos físicos, técnicos, de proteção radiológica e, principalmente, ter suficiente fami­liaridade com a prática médica (experiência em hospital). Nessas condições é possível desenvolver programas de garantia e controle de qualidade, assessorar pessoal mé­dico sobre todos os aspectos relacionados à aquisição, re­paro, substituição e controle de equipamentos, assim como implementar medidas de proteção radiológica de pacientes e profissionais, e tornar a prática o mais otimizada possível.


Em alta, radiologia exige profissionais bem preparados para atuar no mercado

Fonte: hojeemdia.com.b

Ana Júlia Goulart

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Com perspectiva de crescimento, o curso de radiologia vem despertando a atenção de estudantes que querem vaga garantida no mercado de trabalho, além do investimento em uma carreira com oportunidades variadas. O Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem, entidade que representa a especialidade no país, espera uma ampliação significativa neste ano.

Especialistas e profissionais da área engrossam o coro. “A radiologia é, com certeza, uma das áreas que mais cresce no segmento da saúde e está em franca expansão. A profissão exige conhecimento médico e tecnológi-co. Isso a torna complexa, mas atraente”, afirma o vice-presidente do Colégio Brasileiro de Radiologia, Ronaldo Magalhães Lins.

A qualificação está entre as principais exigências, já que a carreira demanda aliar tecnologia e conhecimentos clínicos. “Os equipamentos são atualizados constantemente e o profissional precisa ter domínio para diagnosticar a patologia através da imagem”, acrescenta Ronaldo Lins.

Mesmo com uma gama de formandos, faltam radiologistas preparados para atuar no mercado de trabalho. Para preencher esta lacuna, as Faculdades Unidas do Norte de Minas (Funorte), com sede em Montes Claros, vão lançar uma graduação tecnológica. “Estamos acompanhando uma demanda forte da região. A busca por profissionais capacitados para essa área é crescente. O curso chega para atender a essas vagas”, diz Luciana Santana, diretora do campus Amazonas, onde as aulas serão ministradas.

Segundo ela, a graduação em radiologia vem com um grande diferencial. Além de aprender as práticas de diagnóstico e avaliação das imagens, os alunos serão preparados para gerir esses setores em clínicas e centros de saúde. “Essa também é uma tendência nos cursos da área. O mercado busca pessoas com esse diferencial”, garante.

Aprender na prática
Diretor da Soebras, Ruy Muniz reforça que a graduação tecnológica em radiologia é uma grande oportunidade para a juventude que está focada no emprego. “É uma profissão de alto valor agregado. As pessoas trabalham apenas seis horas por dia e têm um salário muito bom”.

Segundo o gestor, os universitários viverão a prática da radiologia desde o início da graduação. “É para que aprendam fazendo. O curso é de excelência, com os melhores equipamentos, os melhores professores e com aulas no melhor hospital de Minas Gerais, o Doutor Mário Ribeiro da Silveira”, afirma Ruy Muniz, que ainda acrescentou: “somos pioneiros nesse curso, temos ele em vários lugares do Brasil, em BH, Brasília, SP, e agora estamos lançando em Montes Claros”.

As inscrições para o processo seletivo do curso na Funorte estão abertas, e dois vestibulares estão agendados para o próximo fim de semana. A previsão é a de que as aulas comecem em fevereiro, com duração de dois anos e meio. Outras informações pelo site funorte.edu.br ou pelo telefone (38) 2101-9292.

Mais qualificados

Exigências de profissionais mais qualificados fizeram com que os interessados na carreira da radiologia buscassem formação mais concisa e aprofundada. Por conta disso, a graduação tecnológica tem sido bastante procurada se comparada, por exemplo, ao curso técnico de radiologista.

“O mercado busca por profissionais qualificados. Uma graduação dá referências e diretrizes mais amplas, garantindo um serviço melhor executado”, explica a coordenadora do curso da Funorte, Laura Lopes.

Além de visar pessoas que querem ingressar na área, o novo curso busca quem já está no mercado e precisa estar atualizado. As exigências não são por acaso. Atualmente, no segmento da saúde, os exames por imagem baseiam a conduta médica. “Esses registros são fundamentais para diagnóstico precoce e avaliações precisas de doenças complexas ou simples”, detalha a coordenadora.

 


Parcerias e convênios

Política de Bolsas de estudos

Aumentou o número de empresas conveniadas e/ou parceiras do CENIB que incluem benefícios em forma de descontos em todos os cursos para os seus funcionários, dependentes e cônjuges, e também para seus trabalhadores terceirizados. Com as devidas comprovações legais e atualizadas os funcionários e/ou servidores terão até 20% de desconto  (para o curso Técnico em Radiologia), e até 15% para os demais cursos até as datas dos vencimentos promocionais. Veja as instituições abaixo:

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