A história de sucesso da mamografia (parte 1)

Fonte: KALAF, José Michel. Mamografia: uma história de sucesso e de entusiasmo científico. Radiol Bras. 2014 Jul/Ago;47(4):VII–VIII

A avaliação das mamas por métodos de imagem tem sido motivo de uma série de publicações recentes na literatura radiológica nacional. Neste editorial, relatamos a contribuição internacional, os primórdios do estudo mamográfico, uma apaixonante evolução da medicina diagnóstica.

ERA DOS PIONEIROS

Em 1913, Albert Salomon, um cirurgião alemão, publicou sua monografia sobre a utilidade dos estudos radiológicos dos espécimes de mastectomia, demonstrando a possibilidade de correlação anatomorradiológica e patológica das doenças da mama com diferencial de afecções benignas e malignas.

A este, seguiram-se trabalhos de vulto com Kleinschmidt, Warren, Vogel, Seabold, Gerson-Cohen, Leborgne, Egan, Gallagher, Martin, Dodd, Strax, e seus colegas. O intrigante trabalho desenvolvido pela renomada patologista Helen Ingleby, em 1950, incluía avaliação da mama e suas variações de acordo com a idade e estado menstrual, além da correlação radiológica micro e macroscópica com técnica de cortes histológicos seccionais da mama. Em 1949, Raul Leborgne revitaliza o interesse pela mamografia, chamando a atenção sobre a necessidade de qualificação técnica para o posicionamento e parâmetros radiológicos utilizados. Ele foi o pioneiro na melhoria da qualidade da imagem, além de dar ênfase especial ao diagnóstico diferencial entre calcificações benignas e malignas.

Filmes especiais, desenvolvidos pela Kodak, e a técnica de alta miliamperagem, com baixa quilovoltagem, padronizada por Robert Egan conduzem a um novo patamar de qualificação técnica. Em 1962, esse autor relata os primeiros 53 casos de câncer mamário ocultos, detectados em 2.000 exames mamográficos.

Nesta mesma época, John Martin e colegas demonstram que excelentes estudos mamográficos poderiam ser feitos e padronizados em clínicas privadas. Concomitantemente, o Colégio Americano de Radiologia (ACR) estabelece comitês e centros de treinamento em âmbito nacional. Este foi o embrião do Comitê de Mamografia do ACR.

ERA DO PROGRESSO TÉCNICO

A chamada Era do Progresso Técnico tem entre seus maiores contribuintes Gould, Wolfe, Gross, e seus colaboradores. O desenvolvimento da xeromamografia foi o resultado da colaboração entre indústria e medicina. Em 1960, Howard e Gould descrevem o aprimoramento de imagem obtido com a técnica de xeromamografia, e em 1966, John Wolfe apresenta sua grande experiência com o uso de xeromamografia na Quinta Conferência sobre Mamografia, na Universidade de Emory, em Atlanta.

Tamanho foi o interesse que o ACR solicitou à Xerox a instituição de programas de pesquisas avançadas com o método, com novos ensaios clínicos, e com a contribuição de Wolfe, Martin e Gloria Frankl. É importante salientar que já naquela época Wolfe classificava os sinais sutis de câncer mamário e sua relação com a densidade do parênquima mamário.

Em 1965, Charles Gross, de Estrasburgo, França, desenvolve a primeira unidade dedicada à mamografia. Engenhosamente, este aparelho tinha um tubo de raios X de molibdênio com 0,7 mm de ponto focal, proporcionando elevado contraste diferencial entre parênquima, gordura e microcalcificações, e um apropriado sistema de compressão constituía complemento importante. Gross trabalha com grande dedicação, sempre chamando a atenção para o grande potencial da mamografia na detecção de câncer oculto.

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